Thérèse Glardon, depois de ter estudado psicologia e literatura hebraica, foi nomeada professora de Hebraico bíblico na Universidade de Lausana. Anima sessões de desenvolvimento pessoal e espiritual no centro de formação de Crêt-Bérard e na Comunidade monástica reformada de Grandchamp (Neuchâtel, Suíça). É membro da associação “Expérience et Théologie”.
Entrar no silêncio, é meditar.
É estar presente a si mesmo, com todo o seu ser.
• Tomar consciência do corpo sentindo-o por dentro, da cabeça aos pés… (NB: não pensar no seu corpo ou imaginá-lo, mas senti-lo através da perceção)
• Deixar para trás as tensões, suavemente…
• Deixar a respiração acalmar-se, respirar profundamente, sem forçar…
• Deixar todo o seu ser unir-se com aquilo que é mais profundo, o coração, o centro, a intimidade de si mesmo…
• Deixar a paz apossar-se das agitações…
Para os crentes, entrar no silêncio, é não só meditar como estar diante de Deus:
• Dizer o seu nome (p.ex. Altíssimo, Criador, Emanuel ou “Deus connosco”, Santo, Eterno, Misericordiosos…) ou outra invocação, com suavidade, repetidamente, calmamente
• Ouvir a ressonância interior deste nome em vez de pensar nele ou imaginar algo sobre ele. Assim que nos apercebermos que divagamos, voltamos à nossa consciência corporal, ao aqui e agora
• Abrir-se à presença divina. Deixar-se invadir pelo Amor, pelo Perdão
Esta entrada no silêncio pode consistir num período de meditação de cerca de vinte minutos, seguido ou não por um tempo de audição musical. Os crentes podem, depois disso, ler ou ouvir a Palavra bíblica (lectio divina) e entrar numa relação filial com Deus (oração).
Livros de Thérèse Glardon:
Ces Psaumes qui nous font vivre: le spirituel au coeur de l’existentiel, Lausanne, Ed. Ouverture, 2014
Ces crises qui nous font naître, Genève, Labor et Fides, 2017
Cet amour qui nous grandit, Labor et Fides, Genève, 2020